Hélio de Oliveira Silva =
27/08/2016
Como Sinto Sua Falta, Mãe!
Hoje faz um ano que a abracei
pela última vez...
Mesmo sentindo dor e
desconforto
Recebeu meu abraço
Acolheu o meu beijo
agradecida.
Eu não sabia que aquele
abraço seria o último;
Que não teria mais outro.
E por isso sinto tanta saudade
daquele abraço...
Eu me acostumei com eles
Desde pequenininho.
Qual a mãe que não gosta de
abraços?
E ela recebia muitos, ´
Porque seus filhos eram
muitos
E mesmo quando cresceram e
foram morar
Em outro lugar.
Agosto era um mês de muitos
abraços
Lá em casa.
Eu não queria que aquele
abraço fosse ó último
Mas essa escolha não foi
minha.
Quem sabe eu a tivesse
abraçado melhor
E lhe presenteado com meu
melhor sorriso.
Mas foi só aquele, não teve
outro;
E foi o último.
Como não chorei naquele dia
Quando a vi pela última vez
Alguém possa pensar que meu
coração é de ferro;
Ou seco feito pedra.
Mas não é verdade.
Sinto saudade, muita saudade.
Não só dos abraços,
Mas dos conselhos e do
exemplo.
Do olhar, do sorriso.
E, principalmente;
Daquela força franzina;
Descomunal até;
No seu jeito de nos empurrar
para frente!
Como sinto sua falta, mãe!
Aquele abraço foi o último
Mas foi o último só aqui;
Quando nos encontrarmos outra
vez
Começaremos tudo de novo
Mas de um jeito diferente:
Sem dor, sem lágrimas,
Sem saudade...