
Hélio O. Silva
Pastoral = 26/05/2010.
Tesouro em Vasos de Barro (II Coríntios 4.7)
“Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” (II Coríntios 4.5-7).
Eu sei que existe um tesouro que não precisa de mapa pra gente encontrar, porque não foi propósito de seu possuidor escondê-lo. Este tesouro não foi colocado numa caverna profunda com milhares de armadilhas; tão cheias de cobras, crocodilos e jacarés que nem Indiana Jones conseguiria atravessar. Não foi depositado numa urna misteriosa ou num baú rodeado de piratas do Caribe. Seu valor não está depositado em nenhum banco suíço e nem é guardado por um sistema de alarme eletrônico de última geração num enorme museu para protegê-lo. Este tesouro está aqui mesmo, depositado naquelas centenas de milhares de vasos de barro sem qualquer proteção espalhados por todo o mundo!
Isso mesmo, o maior tesouro da terra foi colocado em simples e frágeis vasos de barro com o propósito claro e gracioso de servirem para a glória de Deus. Este tesouro está bem acessível no coração de cada cristão. E ninguém, ninguém que seja cristão ou esteja no ministério cristão carrega um tesouro seu, mas transporta a glória que pertence a Cristo. Os vasos são frágeis, todavia o tesouro é inesgotável. Os vasos são totalmente quebráveis, mas o tesouro é imperecível. Os vasos são limitados; o tesouro, no entanto, é ilimitado e de valor inestimável.
Quantos vasos são e quais formas têm são perguntas irrelevantes, pois o que conta é o valor do tesouro que neles há. Quanto mais se tira mais ele se multiplica; quanto mais se tenta roubar mais se espalha; Não se esconde, pois não tem tampa (será que tem tampa?); Não se acumula, pois entorna; não se rouba, pois não se mede com valores humanos.
Esse tesouro não revela glórias humanas; o seu valor está preso a coisas divinas, por isso não pode ser acumulado segundo os critérios seculares. Ele não enriquece como o dinheiro e seu amor não é a raiz de todos os males (I Tm 6.10). Pelo contrário, na tribulação ele alivia; na perseguição não desampara; na guerra não nos deixa capitular vencidos; diante da morte nos faz ver a vida! Esse tesouro brilha na vida de quem crê em Cristo.
Todavia, algo estranho sempre acontece: Por que alguns ignoram o tesouro e se apegam aos vasos somente? A excelência do poder está no tesouro dentro dos vasos e não nos vasos sem o tesouro. Os vasos se quebrarão e o tesouro será colocado em novos vasos para guardarem-no por mais outro tanto de tempo. Os vasos úteis serão aqueles que puderem conter este tesouro, entretanto pra que servirão os vasos vazios?
A verdade é que não pregamos a nós mesmos; não vivemos para nós mesmos; não somos de nós mesmos. Quem abraçar fortemente os vasos para possuí-los poderá quebrá-los e ficar sem o tesouro que escorrerá por entre os dedos de suas mãos. Quem se apossar do tesouro será ele mesmo um vaso portador do mesmo tesouro que descobriu e retirou do outro vaso.
Agora respire fundo e responda: Quem são os vasos? Quem é o tesouro dentro do vaso? A quem pertence os dois?
Com amor, Pr. Hélio.