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Refúgio


Hélio O. Silva.
09/06/2005.

Refúgio.

          Feche a porta de seu quarto, abra a porta de seu coração para falar com Deus em oração (Mt 6.6). Você verá que o refúgio prometido não fica distante e que não se trata de uma utopia, mas do socorro bem presente nas horas das tribulações (Sl 46.1). Presença que substitui o nervosismo do mar agitado pelas calmas águas de um rio que desce mansamente regando a terra enquanto percorre o seu caminho (Sl 46.3,4). Quem confia em Deus, derrama diante dele o seu coração para ser cheio de sua presença (Sl 62.8; 1 Sm 1.10,15).

A oração guarda esse misterioso segredo; quem não contempla a vaidade na forma como vive a sua fé, sabe que pode contar com a resposta certa de Deus, que entre tantos “entretantos”, age adversamente ao que se vê no mundo ao redor, pois tem ouvido a voz da oração do crente dando-lhe esperança (Sl 66.19,20), por isso ele é bendito por todos nós.

O refúgio que Deus promete e oferece possui a força consoladora da sombra de seu abraço onipotente e faz com que a alma descanse segura (Sl 91.1,4). Deus não é uma doutrina, ele é o Deus vivo das escrituras e retribui com livramento ao que se apega a ele com amor (Sl 91.14). Porque não é um deus feito de pedra, coloca-se ao lado daquele que sofre angústias, assistindo-o mesmo quando adoece (Sl 41.3) afofando a sua cama como uma mãe carinhosa e respondendo à sua oração, mostra-lhe a sua salvação (Sl 90.15,16). O seu refúgio é como uma cidade edificada sobre um monte alto (Sl 62.2,6), como uma torre forte de onde se pode ver tudo com mais clareza a fim de derrotar o inimigo que nos rodeia (Sl 61.3) e como uma fortaleza que ninguém pode destruir (Sl 46; 62; 27.1-4).

No refúgio que Deus é o oprimido encontra amparo para a sua dor (Sl 9.9) e o que passa pelo ridículo diante da crítica do mundo, encontra a alegria que jamais acaba (Sl 14.6,7). É como refúgio do seu povo que Deus quer ser conhecido; é assim que o seu nome é engrandecido aos nossos olhos e nos nossos louvores (Sl 48.1-3) porque não há refúgio melhor para se buscar (Sl 118.9), uma vez que a sua graça é melhor que a vida (Sl 63.3), razão de nosso canto jubiloso (Sl 63.7).

Esse refúgio secreto não é passageiro, pois dura de geração a geração (Sl 90.1) podendo ser deixado como herança para os filhos e netos se lhes for devidamente ensinado como entrar ali (Sl 78.1-6). Nesse refúgio nosso coração pode encontrar a sabedoria que ensina a contar os dias (Sl 90.12) enquanto os anos caminham da infância para a juventude, desta para a maturidade; e por fim para a velhice.

No silencioso refúgio secreto da oração, o Pai que vê em secreto te recompensará. Quando chegar a hora, qual porta você vai fechar e qual porta você vai abrir?

Com amor, Pr. Hélio.

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