Pular para o conteúdo principal

Ele, Porém, Se Reanimou no Senhor Seu Deus (I Samuel 30.1-10)


ELE, PORÉM, SE REANIMOU NO SENHOR SEU DEUS (I Samuel 30.1-10)

Dar encorajamento às pessoas é um dom de Deus. Para animar aos outros, precisamos aprender a animar a nós mesmos primeiro. Porque uma pessoa desanimada é uma pessoa que sente e transmite derrota e inutilidade. Não falta talento e habilidade, mas falta coragem e dar valor à vida. Por que uns vencem mais do que os outros? Porque eles têm bom ânimo.

Davi ainda não era o rei, mas Deus o preparava para isso. Deus o havia poupado e protegido durante toda a perseguição organizada por Saul contra ele. O cuidado providencial de Deus o acompanhava aonde ele ia. Ele não conhecia derrotas.

No entanto, uma situação desoladora o confronta ao retornar para casa e poderia levá-lo a concluir que Deus o abandonara. Ziclague estava destruída e queimada. Suas esposas e filhos haviam sido levados cativos. Ele e seus soldados choraram até não terem mais lágrimas para chorar (v.4). Este foi o pior ataque de seus inimigos no período de sua preparação para o trono de Israel. Como ele poderia automotivar-se, vencer o desânimo e ser benção na vida direta de pelo menos 600 homens e seus familiares? Davi tinha inúmeras razões para ficar desanimado (v. 1-5):

Ele Estava Face a Face Com o Cansaço. É uma verdade clara que o cansaço nos desanima e nos faz cair. Eles tinham viajado por três dias, marchando cerca de 128 Km de Afeque até Ziclague. Eles estavam cansados, famintos e desejosos de usufruir o conforto aconchegante do lar.

Ele estava face a face com uma perda pessoal. Suas mulheres e filhos também foram levados cativos para um destino totalmente incerto e temeroso. Poderiam ser desfrutados como parte do despojo ou vendidos como escravos (v.16).

Ele estava face a face com o fracasso. Não previra o ataque surpresa dos amalequitas. A visão desoladora de uma cidade queimada, totalmente deserta era mais que sua tropa cansada poderia suportar. C. S. Lewis escreve nas Cartas do Coisa Ruim: “Hoje, tentando os líderes, todos caem com eles”.

Ele estava face a face com a falta de apreciação. Aqueles homens estavam amargurados contra Davi. Quando os sonhos vão por água abaixo é fácil responsabilizar alguém e arrumar um culpado. Como Davi era o líder, a culpa era sua.

Ele estava face a face com o perigo pessoal. Os homens falavam de apedrejá-lo. O apedrejamento só podia ser aplicado aos idólatras e aos adúlteros. Desde que fugira de Gibeá e de Saul, nunca Davi estivera tão só e tão vulnerável, ainda que tivesse enfrentado o perigo muitas vezes.

Mas cansados devem vir a Jesus (Mt 11.28). A alegria do Senhor é fonte de ânimo (Ne 8.12). E Deus restaura as forças do cansado (Is 40.29,30). Por isso uma frase muda tudo: “PORÉM, Davi se reanimou no Senhor seu Deus” (v.6) e toma duas atitudes que precisamos praticar nos momentos difíceis de nossas vidas:

Davi buscou a Deus (v. 6). Ele não culpou a Deus por seu infortúnio e tribulação, mas o buscou! Ele se reanimou em Deus primeiro, consultou-o e depois decidiu o que fazer. Ele é o seu Senhor (Sl 16.1). Ele é o seu Deus. Ele é o Deus da aliança. Davi não tinha uma experiência de Deus que fosse enlatada, mas pessoal, verdadeira e diária. Ele sabia que tinha à sua disposição recursos de um Deus fiel que é Senhor de todas as coisas e os usou para o bem de todos.

Davi buscou a Palavra de Deus (v. 8). Davi consultou a Deus e este lhe respondeu favoravelmente. Ele lhe dá uma ordem (persegue-os) e uma promessa (tudo libertarás).

Aprendemos aqui
(1) que quando Deus é introduzido num problema a luta que antes era contra nós passa a ser a favor de nós!
(2) que todos nós precisamos aprender com pessoas que são modelos de obediência.
(3) que a vida de fé só pode ser vivida na dependência diária de Deus que cuida tanto do nosso presente quanto do nosso futuro.
(4) que igrejas e pastores constantemente atravessam momentos de crise e podem vencê-las.
(5) que em vez de desejarmos apedrejar uns aos outros, devemos buscar a Deus e consultar sua palavra sobre qual decisão tomar sempre. É assim que vencemos e saímos de nossas crises.

Com amor, Pr. Hélio. (WWW.revhelio.blogspot.com)
para o Boletim da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia dia 22/05/2011.

Postagens mais visitadas deste blog

A Armadura de Deus (1ª parte) - Efésios 6.14-17

Pastoral: A Armadura de Deus (Efésios 6.14-17) Por que muitos crentes ignoram os ensinamentos bíblicos quanto à armadura de Deus? Porque muitos crentes conhecem pouco da Palavra de Deus, outros tantos duvidam da visível atuação de Deus, muitos a ignoram, outros porque julgam ser um exagero de Paulo na sua linguagem, outros acham que essa época já passou, alguns por pura negligência mesmo, e outros mais, por causa de já terem sofrido tantas derrotas que já estão praticamente inutilizados em sua espiritualidade pelo inimigo.   Por outro lado, há daqueles que estão lutando desesperadamente, mas com as armas que não são bíblicas.      A exortação de Paulo é para que deixemos de ser passivos e tomemos posse das armas espirituais que em Cristo Deus coloca à nossa disposição. É a armadura de Deus que nos permitirá resistir no dia mal, conduzir-nos à vitória e garantir a nossa permanência inabalável na fé.           Paulo não está falando de armas físicas que dev

O Uso da Sarça Como Símbolo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB)

O Uso da Sarça Como Símbolo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) O artigo da Wikipedia sobre a sarça ardente ("Burning bush") informa que ela se tornou um símbolo popular entre as igrejas reformadas desde que foi pela primeira vez adotada pelo huguenotes em 1583, em seu 12º sínodo nacional, na França. O lema então adotado, "Flagor non consumor" ("Sou queimado, mas não consumido") sugere que o símbolo foi entendido como uma referência à igreja sofredora que ainda assim sobrevive. Todavia, visto que o fogo é um sinal da presença de Deus, aquele que é um fogo consumidor (Hb 12.29), esse milagre parece apontar para um milagre maior: o Deus gracioso está com o seu povo da aliança e assim ele não é consumido. O atual símbolo da Igreja Reformada da França é a sarça ardente com a cruz huguenote. A sarça ardente também é o símbolo da IP da Escócia (desde os anos 1690, com o lema "Nec tamen consumebatur" - E não se consumia), da IP da Irlanda

21 = Oração Pelo Ministério - Romanos 15.30-33 (2)

Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013 Liderança: Pr. Hélio O. Silva , Sem. Adair B. Machado e Presb. Abimael A. Lima. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21 = Oração Pelo Ministério – Romanos 15.14-33 (2) .          26/06/2013. Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p. 216 a 229. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30 Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor,   31 para que eu me veja livre dos rebeldes que vivem na Judéia, e que este meu serviço em Jerusalém seja bem aceito pelos santos;   32 a fim de que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue à vossa presença com alegria e possa recrear-me convosco.   33 E o Deus da paz seja com todos vós.